COVID-19: “Isso nunca vai acontecer comigo!” Será?

A pandemia de COVID-19 é o maior problema de saúde do planeta atualmente. Desde a identificação do novo vírus na China a doença vem se espalhando rapidamente por todo o mundo. As experiências de outros países, acometidos anteriormente pela doença, mostram um cenário devastador por onde o vírus passa – especialmente para os sistemas de saúde e econômico.

A alta capacidade de transmissão da COVID-19 e a seriedade da infecção, especialmente em pacientes com mais idade e/ou complicações crônicas de saúde, chamam a atenção para atitudes de prevenção e de projeções para o que o Brasil tome medidas de enfrentamento da doença.

Um estudo recém publicado pelo Imperial College de Londres sugere o impacto da transmissão do vírus para diferentes países, dentre eles o Brasil. Baseados nesse estudo professores dos colegiados de Enfermagem e Farmácia do IFPR-Palmas realizaram simulações considerando os mesmos cenários sugeridos pelo trabalho Inglês.
As perspectivas sugeridas são:

 Sem medidas de controle;
 Com distanciamento social;
 Com distanciamento social e reforço para os idosos;
 Com supressão de contato pessoal tardio;
 Com supressão de contato pessoal precoce.

É importante frisar que essa simulação matemática utilizou o estudo do Imperial College como base, aplicado diretamente ao número populacional do município. Não foram utilizados no cálculo índices que, teoricamente, segundo o mesmo estudo, podem contribuir para variação dos dados como, por exemplo, fatores demográficos, sociais e econômicos.

Segundo os professores Albimara Hey e Ricardo Ap. Pereira, que coordenaram a compilação dos dados, o momento atual é chave para a contenção do vírus, especialmente com ações preventivas e antevendo possíveis cenários da expansão da pandemia localmente – como demonstram os dados apresentados abaixo.

O principal mecanismo para evitar a disseminação é a prevenção. No entanto, um dos grandes desafios na contenção da doença é superar a representação social de cada indivíduo do “isso nunca vai acontecer comigo!”. Os exemplos vivenciados pelo mundo são dramáticos e doloridos. Devemos ser sujeitos ativos na busca por mecanismos e alternativas preventivas de saúde!

Simulação matemática baseada no trabalho do Imperial College de Londres sobre a expansão da epidemia de COVID-19: